A primeira máquina de venda automática foi inventada em 215 a.C. pelo matemático grego Hero Ctesibius, em Alexandria, no Egito. Colocada num templo, a máquina dispensava água benta quando uma moeda de cinco dracmas era inserida na ranhura. Ao cair, o peso da moeda acionava uma alavanca que abria uma válvula para que a água escoasse, fechando-se quando o recipiente se inclinava. Ao cobrar pela água benta, os templos garantiam o seu financiamento e a natureza primitiva da máquina não constituía um problema porque os fiéis temiam ser punidos pelos deuses se usassem objetos falsos, simulando moedas, para ativar as máquinas.

Mas a primeira máquina de venda automática comercialmente viável viria a ser inventada apenas em 1883, por Percival Everitt (1856-1893), que criou uma estrutura alta de ferro fundido para vender postais ilustrados, envelopes e papel timbrado, em estações ferroviárias e correios de Londres. Everitt instalou um sistema que bloqueava a entrada de moedas quando o stock se esgotava e adaptou a máquina à venda de outros produtos. Thomas Adams interessou-se pela máquina, obtendo, em 1888, os direitos de patente para vender pastilhas elásticas nos EUA nas estações de comboios de Nova York e em 1893 Stollwerck, um fabricante alemão de chocolates, distribuía pelo país 15.000 máquinas de venda automática para vender não apenas chocolates, mas também cigarros, fósforos, gomas e sabão, abrindo espaço para um novo conceito de conveniência por toda a Europa que se estenderia rapidamente ao resto do mundo.

Esta coleção de doze máquinas de venda automática construídas na Alemanha no final séc. XIX – início do séc. XX, ilustra bem as inovações mecânicas de que foram alvo ao longo do tempo, mas revelam também uma forte preocupação estética para tornar a compra um processo mais apelativo, ao adicionar-lhe objetos em movimento, cores vibrantes e luzes brilhantes. É esta aposta na experiência de consumo que partilhamos também em cada uma das nossas lojas, criando ambientes mágicos através de ferramentas de visual merchandising que estimulam os sentidos e conquistam os clientes, encantando-os e impelindo-os a comprar de forma lúdica.