Fundada em 1942, a Comur – Fábrica de Conservas da Murtosa, conheceu o auge da indústria conserveira portuguesa durante a Segunda Guerra Mundial e entrou em declínio décadas mais tarde, ao cair na armadilha de uma política de baixo preço. Das cerca de 400 fábricas de conservas em Portugal na década de ’60, restam hoje apenas 14.

Quando integrou ao Grupo O Valor do Tempo em 2015, a Comur consolidou-se enquanto polo de produção. Criámos a marca Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa com uma estratégia de valorização das conservas, tornando economicamente viável uma história cujo fim parecia anunciado. Ao fazê-lo assegurámos o trabalho de uma centena de mulheres de uma pequena comunidade cujas famílias dependiam do seu rendimento, e transformámos a arte de preparar manualmente o peixe – um processo inalterado desde 1942 – no símbolo maior da nossa autenticidade. Hoje, remuneramos estas profissionais muito acima dos padrões do setor, num reconhecimento direto do seu saber-fazer e do valor do trabalho manual.

Como parte do reforço do nosso vínculo com quem está na origem, foi celebrado um protocolo com a Propeixe – Cooperativa de Produtores de Peixe do Norte, C.R.L para garantir o fornecimento de sardinha a preço justo durante toda a campanha, evitando quebras de valor sazonal e o desvio para produção de farinhas, estabilizando o escoamento e assegurando rendimento aos pescadores. Paralelamente, as produções seguem um modelo de nicho e de alto valor acrescentado, avesso à pressão da sobrepesca, garantindo uma exploração controlada dos recursos marítimos e assegurando que todo o ecossistema se mantém equilibrado. O abastecimento de sardinha faz-se com certificação MSC, garantindo a proveniência sustentável e a fiabilidade das fontes de pescado utilizadas.