O exemplo da Joalharia do Carmo


Uma das mais antigas artes da ourivesaria nacional, a Filigrana, sofreu um revés nos anos 90 quando um novo conceito de moda se alargou à joalharia: o minimalismo. A estética eliminou os detalhes, criando modelagens mais amplas, curvas mais discretas e uma visão simplista, contrapondo os detalhes milimétricos dos anos 80. A Filigrana era exatamente o oposto deste novo conceito. Ourives e enchedeiras desesperavam por manter a sua arte, a Filigrana feita à mão, com técnicas e utensílios ancestrais.
Em 2021, quando a centenária Joalharia do Carmo se juntou ao Grupo O Valor do Tempo, renunciámos à venda de qualquer peça que não fosse Filigrana Certificada. Avessos à produção industrial, resistimos em absoluto à tentação de comercializar joias produzidas em série, porque sabemos que uma joia única exige tempo e minúcia para que as mãos façam magia, algo que uma máquina jamais conseguirá replicar. Damo-nos ao luxo de esperar que essa magia aconteça em nome de um luxo supremo: a singularidade. Para firmar o nosso compromisso, assinámos um protocolo de cooperação para a promoção e divulgação da certificação da Filigrana de Portugal com os Municípios de Gondomar e Póvoa de Lanhoso – onde tradicionalmente se produz a Filigrana em Portugal, e a A.Certifica, o organismo de certificação.
Com design tradicional ou contemporâneo, com safiras ou diamantes, a Joalharia do Carmo é hoje a montra da Filigrana de Portugal Certificada. Uma das mais fiéis representações da cultura popular portuguesa é agora apresentada ao mundo como símbolo maior e distintivo da joalharia nacional, no único espaço do país que comercializa, em absoluto exclusivo, peças certificadas.